Promotoras Legais Populares participam da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras em Brasília
Promotoras Legais Populares (PLPs) da Themis participaram da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver, realizada na última quarta-feira (26/11), em Brasília. O ato reuniu cerca de 300 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, consolidando-se como uma das maiores mobilizações de mulheres negras do país.
Mulheres de diversas gerações, territórios e trajetórias ocuparam as ruas da capital federal reivindicando igualdade de gênero e raça, enfrentamento ao racismo estrutural e garantia de direitos básicos, como acesso à saúde, educação, moradia digna e terra, além de justiça social para povos historicamente marginalizados.
As PLPs fizeram parte de uma caravana composta por cerca de 100 mulheres, organizada pela psicóloga e conselheira diretora da Themis, Simone Cruz, ativista do movimento de mulheres negras e servidora da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Segundo ela, outras caravanas partiram de diferentes regiões do estado, totalizando aproximadamente mil mulheres gaúchas presentes na marcha.
“As mulheres negras gaúchas foram à marcha demonstrar sua força política a partir da construção de suas identidades coletivas. Foram mulheres de diversos segmentos, desde lideranças comunitárias, sindicalistas e artesãs até servidoras públicas”, afirma Simone.
Para a conselheira, a mobilização reforça o papel estratégico do movimento de mulheres negras na disputa por políticas públicas e no enfrentamento às desigualdades. “A marcha pra mim é sempre o evento que vem a visibilizar quem somos, quantas somos e qual é a nossa agenda enquanto movimento de mulheres negras. A minha impressão geral é essa: somos muitas e seguiremos nossa agenda nos próximos dias”, destaca.
Ela também enfatiza que a agenda política do grupo seguirá avançando em espaços institucionais historicamente inacessíveis. “Nossa agenda no STF mostra que seguiremos adentrando em espaços que nos foram negados”, completa.
A participação da Themis e de suas PLPs reafirma a centralidade da reparação e da justiça na luta pelos direitos das mulheres negras, pilares indispensáveis para o fortalecimento da democracia brasileira.