Veja como foi a aula inaugural do curso Estadual de PLPs em Porto Alegre
Cerca de 50 futuras ativistas comunitárias participaram da aula inaugural do Curso Estadual de Promotoras Legais Populares (PLPs) no dia 6 de novembro. Neste ano, farão parte da formação alunas de Passo Fundo, Alvorada, Caxias e da região de Pelotas.
Durante a abertura do curso, que ocorreu no Ministério Público Estadual, a turma recebeu mensagens de boas-vindas de Ivana Machado Moraes Battaglin, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (CaoEVCM); Márcia Medeiros de Farias, procuradora do Trabalho da 4ª Região; Fabiane Lara dos Santos, PLP e presidenta da Associação das PLPs do Estado do Rio Grande do Sul; Vinícius Filipin, coordenador do curso de Direito da UniRitter; Virgínia Feix, coordenadora pedagógica do curso; e Rafaela Caporal, coordenadora da Área de Violência da Themis.
“Não sairemos deste curso sendo médicas, psicólogas, advogadas, visando a uma carreira ou ao reconhecimento profissional, mas de uma formação tão importante quanto. Nossa realidade humana e social transcende os títulos, nossa qualificação tem relevância transformadora na vida de cada mulher, seja ela quem for ou como for. Estaremos munidas de amor, conhecimento, respeito e solidariedade. Nossa formação retrata a nossa luta diária incessante de quem somos, ou seja, mulheres empoderadas que resistem, levantam e se reinventam”, disse Fabiane.
Na segunda etapa do encontro, as participantes foram convidadas a se apresentarem ao grande grupo, proferindo algum sentimento e/ou desejo para o momento. Conhecimento, alegria, resiliência, aprendizado, esperança, união foram algumas das palavras ditas. “A gente já faz um trabalho nas nossas comunidades, mas precisamos ir além. A gente chega para este curso em busca de mais conhecimento para poder somar e nos fortalecer”, diz a recepcionista Eunaura Vargas Fontella, 61 anos, que saiu às 6h de Passo Fundo para participar da aula inaugural presencial em Porto Alegre.
Durante o curso, as futuras ativistas comunitárias serão capacitadas em noções básicas de Direito, direitos humanos das mulheres, organização do Estado e do Poder Judiciário, direitos sexuais e reprodutivos, Lei Maria da Penha, dentre outras temáticas pertinentes conforme o contexto do bairro ou região na qual estão inseridas. As aulas serão às quintas-feiras, das 19h às 20h30min, de forma híbrida, com dois encontros presenciais e os demais, de forma virtual. A formatura está prevista para 16 de dezembro.
Após a formação, elas estarão aptas a atuar voluntariamente em suas comunidades na defesa, na prevenção de violações e na promoção de direitos.