Outra Justiça é Possível – Themis apresenta PLP 2.0 em oficina do Fórum Social Mundial
Com o propósito de debater a Justiça sob uma nova ótica, diversas organizações, entre elas a Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos, organizaram a oficina “Outra Justiça é Possível” na última quarta-feira (20), na Casa de Cultura Mario Quintana. A atividade que fez parte da programação oficial do Fórum Social Mundial também foi preparatória para a V Conferência Estadual de Direitos Humanos do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul, que ocorre em Porto Alegre em março de 2016.
Na primeira etapa do encontro os expectadores debateram com a Doutora em Pós-Colonialismo e Cidadania Global pelo CES/Universidade de Coimbra, Élida Lauris. Conforme a pesquisadora é preciso utilizar a máquina judiciária para criar ferramentas de resistência. “O Estado tem o papel de provedor de Direitos, mas quando isso não acontece é a resistência quem coloca em prática o próprio Direito. Como discutir igualdade sem debater o acesso à Justiça? E o acesso à Justiça não é sobre acesso e nem sobre Justiça: é sobre pobreza. Toda a discussão de quem pode ou não ser coberto pelo guarda-chuva da Justiça se pautou pela questão econômica. Não entrou gênero, nem se quer raça. Acesso à Justiça é politica econômica e não social. É o dinheiro que determina quem vive e quem morre no Brasil”, afirmou Élida.
Práticas inovadoras de Justiça
Na segunda etapa do encontro entidades apresentaram novas alternativas para vivenciar e ampliar a educação e a promoção de Direitos. A coordenadora de projetos da Themis, Lívia de Souza, apresentou o aplicativo PLP 2.0 durante a atividade. “A criação da Themis é originária desta crença que outra Justiça é possível. O trabalho das Promotoras Legais Populares e os impactos da atuação delas nas comunidades é um excelente exemplo disso. O aplicativo PLP 2.0 trouxe o reconhecimento do Estado e da sociedade civil deste trabalho como elemento modificador”, ressaltou. O PLP 2.0 foi o vencedor do Desafio Social Google 2014 em parceria com o Instituto da Mulher Negra de São Paulo – Geledés.
Texto e foto: Rita Barchet
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