Jovem Multiplicadora de Cidadania participa do Festival Elas por Elas e destaca a força política das mulheres no hip hop
A Jovem Multiplicadora de Cidadania (JMC) Nátali Alves marcou presença no Festival Elas por Elas, realizado na Casa de Cultura Mario Quintana, e destacou a potência do evento como um espaço de resistência e protagonismo feminino dentro do hip hop.
O festival reuniu coletivos de mulheres ligadas à cultura hip hop em suas diversas expressões, como música, dança, graffiti e palavra falada. Também propôs uma reflexão crítica sobre os desafios enfrentados por mulheres que ocupam esse universo ainda marcado pelo machismo estrutural.
“Pude conhecer coletivos de mulheres no hip hop, e ao ouvi-las percebi o quanto o mundo do hip hop ainda é tomado por homens, por ordens de homens que não as respeitam e as tiram de seu espaço de fala”, disse a JMC.
Ela também apontou as contradições vividas por essas artistas, que precisam dividir eventos com agressores e lidar com tentativas de silenciamento: “Muitas delas encontram no hip hop uma força de luta para transformar suas vidas, e quando chegam em eventos ainda têm que lidar com seus agressores que soltam placas ao vento sobre respeito e moral. Esses mesmos homens, quando são expostos de suas atitudes contra a mulher pelas mesmas, desligam o microfone, calando-as para que não percam sua imagem de inocentes e respeitadores”.
Apesar das críticas, Nátali também ressaltou a força coletiva e a potência transformadora do festival: “Fiquei muito feliz ao ver elas se incentivando a participar de debates públicos, conferências, e impor suas opiniões e seus anseios por um melhor espaço dentro do mundo do hip hop. Orgulho de ver o quanto são fortes, batalhadoras e firmes em seus objetivos. Estava maravilhoso. Não foi só um festival, foi um ato político dessas mulheres, foi uma aula”.
A participação de Nátali no evento reafirma o compromisso das Jovens Multiplicadoras de Cidadania com a construção de espaços mais justos, diversos e seguros para todas as mulheres, especialmente dentro de culturas tradicionalmente dominadas por homens. O Festival Elas por Elas se consolida, assim, como um espaço de denúncia, celebração e resistência.