Celebrado em 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha tem um significado histórico na luta por respeito, reconhecimento, igualdade e não violência. Além disso, a data nos lembra da urgente necessidade de assegurar mais direitos às mulheres negras.

O Brasil é um país muito violento com as mulheres, especialmente as mulheres negras. Pesquisas mostram que esse grupo tem maior risco de sofrer violência física e sexual. Recentemente, levantamento junto a mais de 1 milhão de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam), do Ministério da Saúde, referente a mulheres que deram entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2015 e 2022, mostra:

Registro de violência física:
55% são pretas e pardas
43% brancas
2% indígenas

Registro de violência sexual:
60% são pretas e pardas
38% brancas
2% indígenas

Ao analisar os casos de mulheres que notificaram qualquer tipo de violência entre 2014 e 2020, excluindo automutilação, os dados mostram que mulheres negras têm risco de morte por causas externas 2,7 vezes maiores do que as mulheres brancas.

Neste 25 de julho, a Themis reitera a necessidade do enfrentamento às desigualdades e discriminações para que as mulheres negras vivam com liberdade e autonomia e ocupem protagonismo na construção de uma nova sociedade.

Fonte: Vital Strategies, organização internacional composta de especialistas e pesquisadores que fazem recomendações de políticas públicas a governos.