Campanha busca barrar inclusão de serviços domésticos como atividades essenciais
Em meio à pandemia que no Brasil já acumula 17.983 mortes (dados de 19 de maio), alguns estados e municípios publicaram decretos incluindo o trabalho doméstico como atividade essencial, em equivalência a bancos e mercados. Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul e Ceará tomaram decisões neste sentido. Para evitar que mais estados adotem a medida, a Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos apoia a campanha criada pela Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), para pedir que o Ministério Público do Trabalho (MPT) incida fortemente na fiscalização dos estados e reverta as medidas.
A inclusão do serviço doméstico nas atividades essenciais é uma expressão do racismo de nossa sociedade, ressalta a presidenta da Fenatrad, Luiza Batista. “Sempre lutamos por valorização, e a sociedade nunca quis reconhecer a importância do serviço doméstico. Aí, neste momento de pandemia, a casa grande que está em quarentena, não quer se dar ao trabalho de fazer as próprias tarefas domésticas. Colocar o serviço doméstico como essencial de forma generalizada é uma crueldade. As trabalhadoras domésticas também têm famílias”, afirma.