A Themis reuniu doadores, organizações parceiras e equipe para a prestação de contas das ações desenvolvidas nos primeiros 30 dias do Programa de Ajuda Humanitária, que atende Promotoras Legais Populares (PLPs), Jovens Multiplicadoras de Cidadania (JMCs) e trabalhadoras domésticas remuneradas, além de mulheres indígenas e em situação de violência que foram afetadas pelas enchentes provocadas em maio pela emergência climática no Rio Grande do Sul.

No evento online, foi apresentada uma linha do tempo com a prestação de contas das principais ações. Também foram compartilhadas as dificuldades encontradas no período, já que a maior parte da equipe da Themis foi atingida pela tragédia climática e precisou deixar suas casas e enfrentou problemas que afetaram o trabalho.

“Todo o Rio Grande do Sul, incluindo a nossa equipe, foi profundamente afetado pelas chuvas. Além de ver a tragédia que estava acontecendo, trabalhamos com medo, nos preparando para sair de casa a qualquer momento. À medida que a água do rio foi subindo, boa parte da nossa equipe foi afetada, e seguimos trabalhando, nas piores condições, para atender as demandas que chegavam diariamente, seja de pedidos ou ofertas de ajuda e voluntariado. Tivemos que tomar decisões rápidas e entendemos que tínhamos duas tarefas: reabrir nosso Programa de Ajuda Humanitária e incidir politicamente, fazendo uma gestão para que pudéssemos apoiar no maior número de vidas de mulheres possível. Hoje compartilhamos isso também como uma memória dessa experiência”, afirmou a diretora-executiva da Themis, Márcia Soares.

A Themis realizou o mapeamento de 296 mulheres, sendo 125 Trabalhadoras Domésticas (42,23%), 126 Promotoras Legais Populares (41,55%), 44 Jovens Multiplicadoras de Cidadania (14,86%). Dessas, demandaram ajuda 50% das PLPs, 63% das TDs e 40% das JMCs. A ajuda da Themis também chegou a organizações e coletivos, totalizando 1.089 pessoas atendidas na primeira fase do Programa de Ajuda Humanitária. Além disso, foi realizada a Estação Themis, para orientação jurídica gratuita no abrigo do Centro Vida, um dos maiores de Porto Alegre, e rondas que avaliaram as condições dos direitos humanos em abrigos.

Acesse o documento para conhecer todas as ações desenvolvidas no período.