Há 25 anos na defesa e promoção dos direitos das mulheres

Redes sociais são tema de nova formação das JMCs

Em processo de formação continuada, as Jovens Multiplicadores de Cidadania (JMCs) formadas pela Themis participam do curso de Mídias Sociais, realizado em parceria com a Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra) e com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas. Durante a formação, que se iniciou nesta semana e se encerra em maio, as ativistas participarão de sete encontros online, nos quais a  produção de conteúdos para as redes sociais Instagram e TikTok serão o foco do aprendizado. 

O objetivo da formação é que se compreendam as diferentes linguagens utilizadas e o posicionamento utilizado por essas plataformas, bem como se faça uma reflexão sobre a importância das redes digitais na nova ordem social. Ainda, será discutido o significado de ser um jovem formadora de opinião e como se comportar nas redes entre outras abordagens. 

“A aula inaugural do curso foi incrível. Ver mulheres tão jovens e já com tanta consciência cidadã, e ainda interessadas pela pauta da comunicação, dá muita esperança de futuro”, afirma Larissa Gould, jornalista, pesquisadora e facilitadora do curso. 

Durante a primeira aula, as jovens também foram apresentadas ao novo aplicativo Laudelina – versão web, voltado às trabalhadoras domésticas. Em sua nova versão, o app, que é uma realização da Themis em parceria com a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), passa a contar com espaço para vídeos, podcasts, redes de contatos e órgãos de proteção para denunciar o trabalho doméstico análogo à escravidão. A ideia é que as jovens disseminem essa importante ferramenta nas suas comunidades e nos seus territórios. 

No início deste ano, a Themis, por meio do seu programa Jovens Multiplicadoras de Cidadania (JMC’s), promoveu a campanha “Respeita as gurias na folia – Juntes por um Carnaval sem assédio”, com foco na prevenção ao assédio sexual e às ISTs. A campanha teve ações presenciais, com distribuição de leques com conteúdo informativo e preservativos, mas também foram publicados cards e vídeos nas redes sociais, dando início também à incidência das JMCs por meio do Instagram (@jmcs.themis) e do Tik Tok (@jmcs).

De acordo com a coordenadora pedagógica do Programa de JMCs, Ceniriani Vargas da Silva, a Ni, JMC formada no primeiro curso no ano de 2003, o curso de mídias sociais representa um grande passo na atualização das estratégias de atuação das jovens ativistas na prevenção e no combate às violências enfrentadas pelas mulheres.

“Quando fiz o curso, há quase 20 anos, a realidade era bem diferente, poucas pessoas tinham acesso à internet e até mesmo ao celular, não havia sido criado nem Orkut, Facebook, Youtube, etc. Nossa ferramenta de disseminação de informações eram os fanzines e as oficinas. A ‘geração JMCs 2.0’ tem um grande potencial hoje de multiplicação de conhecimentos também por este novo espaço que são as redes sociais, que será qualificado e aprimorado neste curso”, avalia. 

O curso é mais uma etapa de formação das jovens, que já realizaram outras atividades, como oficinas de produção e edição de vídeos e áudios, de teatro, grafite, roteiro de oficinas, prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) etc. Todas essas atividades têm a finalidade de prepará-las, de forma contínua, para a incidência efetiva nas suas comunidades e nos seus territórios de origem, nos centros de juventude e nas escolas, como agentes replicadores do conhecimento adquirido. E agora também nas redes sociais.


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