Jovens Multiplicadoras de Cidadania (JMCs) formadas pela Themis participaram, em maio, da 11ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada em Porto Alegre.

Neste ano, o tema central do encontro foi a situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia de Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade. Além das palestras, as JMCs promoveram uma oficina sobre os desafios dos/as adolescentes das periferias.

Alannis Pyetra de Moraes, JMC representante da Themis no Comitê de Participação de Adolescentes (CPA), do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDICA), atuou na comissão organizadora da conferência. A jovem foi eleita delegada para representar os/as adolescentes do Rio Grande do Sul no encontro nacional, que será realizado em novembro, em Brasília. 

Julia da Silva Farias atuou como delegada na conferência estadual e trabalhou na organização da roda de conversa que contou com a participação de quase 50 pessoas. Para a etapa nacional, foi eleita delegada suplente.

A Conferência Estadual da Criança e do Adolescente é realizada de três em três anos pelo Cedica. Trata-se de um espaço público de discussão, mobilização e controle social da sociedade, na construção de uma agenda de diretrizes e ações para a política pública destinada à Proteção Integral de Crianças e Adolescentes.

Confira depoimentos das jovens

Alannis Pyetra
Meu nome é Alannis Pyetra, tenho 17 anos. Faço parte do Comitê de Participação do Adolescente (CPA) e sou Jovem Multiplicadora de Cidadania da Themis. Estou na luta social pelos direitos das crianças e do adolescente desde 2021, quando ingressei em um curso que tratava das políticas públicas que são violadas, em destaque para a minha região, a Lomba do Pinheiro. Como residente de periferia e estudante de escola pública, percebo que somos excluídos da sociedade, a prova disso é o desconhecimento sobre nossos direitos e o ensino de má qualidade, o que gera uma periferia sem senso crítico e, consequentemente, alienada ao sistema. Minha expectativa para a conferência nacional é levar essa realidade dos jovens para discutirmos e pensarmos nas possibilidades de possíveis melhoras, os conectando.

 

Julia da Silva Farias
Me chamo Julia da Silva Farias, sou Jovem Multiplicadora de Cidadania (JMC) e participei, pela primeira vez, da Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. Ter participado deste encontro foi emocionante ao ver muitos adolescentes e muitas crianças com pensamentos geniais e planos incríveis. Isso me fez perceber que podemos mudar muitas coisas e que temos o poder na mão, só precisamos saber usá-lo com sabedoria. Uma oficina em especial, sobre desafios de adolescentes das periferias, me fez abrir ainda mais a mente. Ao lado de outras JMCs presentes no evento e na oficina, percebi o quão gratificante é ter essas mulheres espetaculares neste jornada. O nervosismo bateu, sim, mas no final do do bate-papo da oficina percebi que nossos olhos brilhavam mais do que as estrelas. Então,  literalmente, agradeço pelos momentos que passamos juntas. Ainda temos muitas coisas pela frente, e acredito que isso está sendo só o começo de tudo.