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Trabalhadoras domésticas recebem certificação do Curso de Alfabetização Digital

Em uma manhã marcada por celebração, cerca de 30 trabalhadoras domésticas de Porto Alegre e Região Metropolitana receberam o certificado de conclusão do curso de Alfabetização Digital promovido pela Themis e pela Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), em parceria com a UniRitter.

Foto: Rossana Silva/Themis

Durante o curso, as alunas tiveram aulas sobre o uso básico do computador, do pacote office, da internet e do app Laudelina, com professores e estudantes monitores da UniRitter.

Duas alunas receberam o certificado acompanhadas das filhas: Thainá Silva Porto com a pequena Kemilly, de três anos, e Monique Silva Porto com Nyara Kimani, de dois anos.

A diretora-executiva da Themis, Márcia Soares, enfatizou a importância do conhecimento como uma ferramenta de liberdade e transformação.

“Independentemente da idade, desde quando sentamos com a professora e ela nos ensina a juntar as letras, para ler e escrever, isso nos liberta em muitos sentidos, desde a possibilidade de ler uma placa de um ônibus, até a leitura de uma notícia . E isso nos transforma e pode transformar o que está em nossa volta.  E esse curso é assim também, é algo que transforma a nossa vida”.

O objetivo da formação é contribuir para a inclusão digital e ampliar o exercício efetivo dos direitos de trabalhadoras domésticas através do uso do aplicativo Laudelina, que ganhou uma nova versão e pode ser acessado diretamente no navegador no celular ou computador, sem a necessidade de instalação.

“Esse curso ajuda a transformar o Brasil pela educação, o que significa transformar pessoas através da educação. A partir do momento em que vocês pisaram no Campus, tenho certeza de que já são pessoas diferentes, acessaram um novo espaço, criaram novos sonhos e novas perspectivas de vida que serão concretizadas hoje, amanhã ou daqui a algum tempo”, afirmou o gerente do Campus Fapa da UniRitter, Eduardo Muller Araújo.

A aluna Jordana de Oliveira Teixeira explicou que muitas das estudantes tinham o sonho de entrar na UniRitter:

“Esse curso abriu nossa mente, mostrando que nunca é tarde para recomeçar e conquistar o que queremos para a nossa vida. Aqui escutei histórias que eu nem imaginava que cada uma passou, histórias devido à nossa cor e devido a patroas e patrões que nos colocaram para baixo. Foi um período lindo, nossas quartas-feiras não vão ser mais as mesmas”.

A formação fez parte do projeto Movimentos e Tecnologia, apoiado pelo programa Igual Valor, Iguais Direitos da CARE LAC, em aliança com a Cummins. A primeira turma, em 2022, formou 70 trabalhadoras e Promotoras Legais Populares.

 

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