A Themis tem construído um processo de aproximação e escuta sobre as pautas das mulheres indígenas, buscando conhecer mais sobre suas principais necessidades bem como as violações de direitos que enfrentam. São ações que dialogam com o projeto de empoderamento legal e diversidade étnico racial, que conta com o apoio da Fundação Ford.

Em 21 de abril, foi realizada a roda de conversa “Os desafios das mulheres indígenas em contexto urbano”, na aldeia kaingang Fág Nhin, na Lomba do Pinheiro, na Capital. Durante o encontro, houve uma interação com a comunidade indígena: foi possível conhecer a aldeia, compartilhar comidas típicas e troca de ideias em uma roda de diálogo em que as mulheres indígenas expressaram parte das dificuldades que vivenciam historicamente, mas especialmente agravadas pelo contexto urbano.

De 24 a 28 de abril, a coordenadora pedagógica do programa das Jovens Multiplicadoras de Cidadania (JMCs), Ceniriani Vargas da Silva, e a jovem ativista Sybelly Kaingang participaram do 19º Acampamento Terra Livre (ATL). Como o tema “O futuro indígena é hoje. Sem demarcação não há democracia!”, o evento reuniu cerca de seis mil indígenas, na Praça da Cidadania, em Brasília (DF).  Juntamente às mulheres indígenas da delegação do Rio Grande do Sul, participaram de uma intensa programação no acampamento, com destaque para a Plenária Nacional das Mulheres Indígenas e a Plenária Nacional da Juventude Indígena. Também participaram das marchas promovidas no período do acampamento, cuja principal pauta de mobilização é a volta emergencial do reconhecimento das terras indígenas, considerada um ponto fundamental para a reconstrução da política pública voltada aos indígenas no Brasil. 

Para qualificar e mediar sua atuação com as mulheres indígenas, a Themis também integrou à equipe de trabalho a estudante de Direito Viviane Belini, jovem indígena da etnia kaingang.

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Crédito: Ceniriani Vargas, Themis