A pesquisa “Diversidade de gênero e raça na magistratura” foi lançada na última quinta-feira (29/08), em encontro realizado em São Paulo pelo Fórum de Justiça, Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e Plataforma Justa.

A iniciativa marca o primeiro passo de uma mobilização protagonizada pela sociedade civil, que se posiciona por um sistema de Justiça mais democrático e inclusivo e que pretende incrementar, apoiar e expandir a liderança de mulheres no setor.

A pesquisa sobre diversidade no Judiciário foi conduzida pelo Fórum Justiça – que reúne defensoras, defensores, organizações da sociedade civil e de movimentos sociais – para examinar a gestão do sistema de Justiça a partir do perfil do judiciário onde foi analisada a presença de homens e mulheres, pessoas brancas e negras, em todas as fases da carreira.

“A pesquisa encontrou que, embora haja um ingresso crescente de mulheres no sistema de Justiça em todas as carreiras (Defensoria, Ministério Público, Magistratura), ainda há enormes diferenças quando se trata de promoções a tribunais estaduais, regionais, federais e superiores e mesmo aos cargos de Defensoria Geral, de procurador de Estado e advogado do Estado”, explica a conselheira diretora da Themis, Denise Dora.

A professora Cida Bento, doutora em psicologia social e autora do livro “O pacto da branquitude”, afirmou, no evento, que as instituições têm a marca da sua liderança. Portanto, o sistema de Justiça tem, hoje, um funcionamento que espelha quem é a sua liderança, pouco diversa, masculina e branca.

Também esteve presente a juíza Karen Luiz, assessora da presidência do Conselho Nacional de Justiça e conselheira da Themis, que vem trabalhando no projeto do Pacto de Igualdade Racial do Sistema de Justiça, com o objetivo de aumentar o ingresso de pessoas negras e a ascensão delas nas carreiras.

A pesquisa está disponível online no site do Fórum Justiça.

Crédito das imagens: André Nery/Divulgação