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JMC participa de fórum sobre dignidade menstrual em Brasília

No Brasil, mais de 4 milhões de estudantes não têm acesso a itens menstruais básicos nas escolas. Deste universo, para quase 200 mil meninas são negadas condições fundamentais à garantia de dignidade menstrual no ambiente escolar. Realidades como estas e caminhos para assegurar respeito às mulheres e meninas foram aprendizados abordados durante Fórum e Mostra de Cinema promovidos pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A Jovem Multiplicadora de Cidadania (JMC) Hellen Fonseca, formada pela Themis, viajou a convite do Fundo a Brasília, no começo de novembro, para participar das discussões. 

“Foi uma experiência inesquecível, desde de andar de avião até o fórum, conhecer pessoas de várias regiões do Brasil, conhecer tantas organizações e projetos maravilhosos, que fazem de tudo pela mudança e lutam diariamente por um país e um mundo melhor. O fórum me trouxe uma percepção e um olhar ainda mais amplo para a questão da dignidade menstrual, que muito além de uma questão física, é uma questão mental. Ver tantas pessoas que menstruam lutando pela dignidade menstrual de tantas pessoas, traz uma esperança de um mundo melhor”, conta Hellen, a mais jovem debatedora entre os presentes. 

A JMC Hellen e Ceniriani Vargas, coordenadora pedagógica do programa Jovens Multiplicadoras de Cidadania, com Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil (centro)

De acordo com a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, a temática da dignidade menstrual abrange uma série de fatores, a exemplo da chamada “pobreza menstrual”. O termo consiste no entendimento de uma condição multidimensional, caracterizada não só pela deficiência de acesso a recursos e infraestrutura como também pela falta de conhecimento por parte de mulheres e meninas sobre os cuidados envolvendo a própria menstruação. Inclui, ainda, questões como a menopausa e as diversas visões culturais a respeito da menstruação.

“Desde a puberdade até a menopausa, a menstruação é uma questão central na vida das mulheres e está fortemente ligada ao seu desenvolvimento como pessoa bem como à forma como se dá a sua inserção na sociedade”, pontuou Astrid, ao destacar que a maneira como a menstruação é experienciada está relacionada a aspectos como dignidade, autonomia corporal, autoestima e empoderamento a partir do conhecimento do próprio corpo e da mente.

O Programa das Jovens Multiplicadoras de Cidadania é apoiado pelo UNFPA e pelo Fundo Canadá.


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