Há 25 anos na defesa e promoção dos direitos das mulheres

Curso Domésticas com Direitos qualifica mais de 500 trabalhadoras de todas as regiões brasileiras

Desde 15 de agosto, 517 trabalhadoras domésticas das cinco regiões brasileiras participam do Curso Domésticas com Direitos – Empoderamento Legal e Qualificação Profissional, promovido pela Themis e pela Fenatrad. A ação é desenvolvida no marco da segunda fase do projeto Mulheres, Dignidade e Trabalho.

Em encontros semanais pelo Zoom, as profissionais já aprenderam sobre vida digital, gestão financeira e pessoal, cuidado de si e saúde no trabalho, gênero, raça e mundo do trabalho, cuidado na relação trabalhador(a) e empregador(a), cozinha sustentável e vegana e a profissão de cuidadora. Os materiais de apoio de cada módulo incluem vídeos, cards e áudios sobre os conteúdos. Elas ainda terão aulas sobre direitos humanos e feminismo, violência de gênero, noções de raça, direitos trabalhistas e previdenciários das trabalhadoras domésticas remuneradas e sindicalismo. 

De acordo com a coordenadora pedagógica do curso, Andressa Duarte, a formação é a oportunidade de acessar informações que as alunas não conheciam ou haviam acessado de forma muito superficial sobre direitos fundamentais, a partir de uma perspectiva de gênero, raça e trabalho doméstico.

“As alunas estão constantemente solicitando conteúdos. Isso demonstra o quão participativas elas estão e como têm uma grande vontade de conhecimento. As aulas têm sido muito elogiadas, a gente tem tentado discutir todos os módulos com essa perspectiva transversalizada, trazendo para o centro o trabalho doméstico em uma perspectiva interseccional”, explica Andressa.

Durante as aulas, as trabalhadoras domésticas são estimuladas a serem participativas, sentindo-se confortáveis para falar de suas experiências e do seu conhecimento sobre direitos trabalhistas. A secretária geral da Fenatrad, Cleide Pereira Pinto, que atua como monitora no curso, comenta sobre a satisfação de acompanhar o crescimento das estudantes ao longo da formação. “Sempre falavam para nós, mulheres negras e pobres, que não sabemos e não podemos. Agora, com esse curso, elas se descobrem. É muito bom estar dentro desse crescimento delas”, afirma Cleide, que já atuou como trabalhadora doméstica remunerada.


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