Gurias, é preciso ficar atentas, porque as formas de violência contra nós são múltiplas, e vão muito além da agressão física. Vamos focar nos nossos relacionamentos afetivos para exemplificar, ok?

Nem sempre é fácil perceber a si mesma ou outras pessoas em um relacionamento abusivo. A ideia de que o abuso é somente físico faz com que muitas de nós ignorem sinais de violência até que a situação já esteja fora de controle. Por isso, é importante entender tudo o que pode ser considerado abusivo para evitar que atos mais graves aconteçam.

Xingamentos, humilhações e pressões psicológicas são formas de violência doméstica. Fique atenta ao excesso de ciúme do parceiro ou da parceira e o afastamento de familiares e amigos; observe se a pessoa está fazendo muitas críticas sobre familiares e amigos; se você está colocando a pessoa na posição de única aliada.

📣 Importante: existe uma coisa chamada ciclo de violência. O primeiro ato de violência (física, psicológica, financeira, sexual) costuma ser seguido de arrependimento, pedidos de desculpas e uma sensação de volta à normalidade. Para fazer as pazes, acontecem períodos de romantismo e sensação de lua-de-mel, em que o parceiro afirma que a agressão foi um fato isolado, que não irá se repetir. Essa fase dura pouco, até outro ato violento acontecer de novo. Isso cria um ciclo de violência que tende a ser cada vez mais curto com o passar do tempo.

🌬️ Se tu está passando por uma situação assim ou conhece alguém que esteja, fale sobre o assunto e procure ajuda. Para fazer a denúncia, existem diversos meios, como a Delegacia da Mulher, e até aplicativos, como o “PenhaS”, que promove a conscientização coletiva das mulheres e da comunidade LGBTQIA+.

A campanha “Respeita as Gurias na Folia” é uma ação do Programa Jovens Multiplicadoras de Cidadania, da Themis, com parceria da União das Escolas de Samba de Porto Alegre (UESPA), e apoio do Instituto Mattos Filho e do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS).