As esculturas criadas pela artista visual Daliana Mirapalhete para homenagear feministas importantes ao longo das três primeiras décadas da Themis chamaram a atenção na celebração no Agulha Bar, na última sexta-feira.

Nas estatuetas, as mulheres têm a espada da justiça e a venda em um olho só. São posições menos clássicas para estatuetas, mas os gestos remetem ao cotidiano de mulheres comuns. Foram desenvolvidas para a Themis por meio da técnica chamada cera perdida: a modelagem é feita em cera de abelha e, depois, é feito um refratário em volta delas, que é colocado no forno. A cera derrete, criando um vácuo no qual é vertido o metal derretido para dar forma à estatueta.

Para criar as obras de arte, Daliana se inspirou na justiça e nas mulheres negras em seu ateliê, na zona rural de Eldorado do Sul. “A festa foi de muita emoção para mim, pude escutar os comentários . É uma alegria ter uma peça minha nas mãos de mulheres que lutam por outras mulheres. Foi um momento de muita realização”, conta a artista, que também é historiadora.

O corpo feminino é uma inspiração recorrente nas criações da artista, que de 10 a 14 de abril, Daliana participará da exposição “Entre Coletas e Expedições”, junto a Clarissa Silveira, no Espaço Cultural, em Rolante. Convidamos a acompanhar o trabalho da artista no perfil de seu Ateliê Capivara.