Há 25 anos na defesa e promoção dos direitos das mulheres

APURAÇÃO RIGOROSA E IMEDIATA DO ASSASSINATO DE MARIELLE FRANCO E DE ANDERSON PEDRO GOMES

[Versión en español abajo]

[English Version below]

Toda morte negra é uma morte política. Marielle Franco era, antes de tudo, uma mulher negra. As mulheres negras que são a linha de frente da mudança e as primeiras a serem abatidas. O processo de genocídio do povo negro, que tem como alguns de seus instrumentos a marginalização, a guerra às drogas e a política de segurança pública militarizada – agravada pela Intervenção Federal do RJ, matou mais uma.

Marielle era vereadora do PSOL-RJ, nascida no Complexo da Maré, socióloga, com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF),  carregando no título de sua dissertação “UPP: a redução da favela a três letras” a denúncia e o combate ao genocídio da população negra. Na noite desta quarta-feira, 14/03/18, foi brutalmente assassinada, no centro do Rio de Janeiro, junto com Anderson Pedro Gomes, motorista que lhe acompanhava. Marielle também estava com sua assessora, Fernanda Chaves, que sobreviveu. Conforme noticiado pelos jornais O Dia e Extra, as duas voltavam de um evento na Lapa quando um veículo parou ao lado do carro em que estavam e dois homens dispararam contra elas, deixando em seguida o local.

A morte de Marielle deve ser honrada pela continuidade de nossas lutas, pelo seguimento das denúncias das ilegalidades promovidas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e de outros estados, bem como pela apuração imediata de seu assassinato. Não há tempo nem espaço para hesitação ou medo. Nosso luto é verbo.

Pelo fim da intervenção militar no Rio de Janeiro! Vidas negras importam!

Convocamos toda comunidade porto-alegrense a comparecer ao ato, hoje, às 17h30, na Esquina Democrática (Beco do Zaire) em memória de Marielle Franco: https://www.facebook.com/events/202318263859025/


APURACIÓN RIGOROSA Y INMEDIATA DEL ASESINATO DE MARIELLE FRANCO Y DE ANDERSON PEDRO GOMES

Toda muerte negra es una muerte política. Marielle Franco era, antes de todo, una mujer negra. Las mujeres negras que son la línea de frente del cambio y las primeras a ser sacrificadas. El proceso de genocidio del pueblo negro, que tiene como algunos de sus instrumentos la marginación, la guerra a las drogas y la política de seguridad pública militarizada – agravada por la Intervención Federal del Rio de Janeiro, mató otra.

Marielle era concejala del PSOL – RJ, nació en Complexo da Maré, una villa carioca, socióloga, con maestría en Administración Pública. Investigaba y denunciaba el genocídio de la población negra. Anoche, en este miércoles, 14/03/18, fue brutalmente asesinada, en el centro de Rio de Janeiro, junto a Anderson Pedro Gomes, conductor que le acompañaba. Marielle también estaba con su asesora, Fernanda Chaves, que sobrevivió. Según los informes de los periódicos “O Dia” y “Extra”, las dos volvían de un evento cuando un vehículo se paró al lado del coche en el que estaban y dos hombres dispararon contra ellas, huyendo del lugar.

La muerte de Marielle debe ser honrada por la continuidad de nuestras luchas, por el seguimiento de las denuncias de las ilegalidades promovidas por la Policía Militar de Rio de Janeiro y de otros estados brasileños, así como por la investigación inmediata y rigorosa de su asesinato. No hay tiempo ni espacio para vacilación o miedo. Nuestro luto vamos a convertir en lucha.

Por el final de la intervención federal en Río de Janeiro!

¡Vidas negras importan!

Porto Alegre, 15.03.2018.


RIGOROUS AND IMMEDIATE INVESTIGATION OF THE MARIELLE FRANCO AND ANDERSON PEDRO GOMES’ MURDER

Every black people’s death is a political death. Marielle Franco was, first and foremost, a black woman. Black women lead the change and are the first to be shot down. The process of genocide of the black people, which has, as some of its instruments, the marginalization, the “drug war” and the militarized policy of public security – aggravated by the Federal Intervention of Rio de Janeiro, killed another one.

Marielle was a city council of the PSOL- RJ, born in the slum “Complexo da Maré”. She was a sociologist, with a master’s degree in Public Administration, researching and denouncing the genocide of the black population. On the night of Wednesday, 03/14/18, she was brutally murdered, in the center of Rio de Janeiro, as well as Anderson Pedro Gomes, her driver. Marielle was also with her assistant, Fernanda Chaves, who survived. As reported by the newspapers “O Dia” e “Extra”, both of them were returning from an event when a vehicle stopped next to the car they were in and two men suddenly fired at them, leaving immediately the place.

The death of Marielle must be honored by the continuity of our fight, by the follow-up of the denunciations of the illegalities promoted by the Military Police of Rio de Janeiro and other brazilian states, as well as by the immediate investigation of their murder. There is no time or space for hesitation or fear.

For the end of Federal Intervention in Rio de Janeiro!

Black lives matter!

Porto Alegre, 03/15/2018.


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