A conselheira diretora da Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos, Denise Dora, foi nomeada Enviada Especial da COP30. Ela atuará como representante dos Direitos Humanos e da Transição Justa, reforçando o compromisso de garantir que a luta climática esteja alinhada à promoção da equidade social e da justiça ambiental.

Os Enviados Especiais da COP30 terão papel fundamental no engajamento e escuta ativa de setores e regiões prioritárias para o sucesso da Conferência. Ao todo, serão 30 nomes escolhidos: 10 representantes com atuação em regiões estratégicas do Brasil e 20 em setores-chave. Essas lideranças atuarão voluntariamente e em caráter pessoal, servindo como pontes entre a sociedade e a Presidência da COP30. A proposta é garantir um canal direto para o fluxo de informações, percepções e demandas, promovendo uma interlocução ágil e eficaz com os diversos públicos envolvidos no processo preparatório da conferência.

Advogada de direitos humanos e ativista feminista, Denise Dora é mestre em Direito Internacional dos Direitos Humanos pela Universidade de Essex e em História, Política e Bens Culturais pela FGV. Atualmente, é doutoranda em Políticas Públicas na UFRGS. Cofundadora e primeira Diretora Executiva da THEMIS (1993–1999), atuou por mais de uma década na Fundação Ford (2000–2011), foi professora de direito por mais de 15 anos e Diretora Regional do Artigo 19 Brasil e América do Sul. Integra ainda o Conselho Internacional do NAMATI, além de atuar com a Anistia Internacional e o Instituto Ibirapitanga no Brasil.

A COP30, que acontecerá em Belém do Pará em 2025, será a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O evento reunirá líderes mundiais, representantes da sociedade civil, cientistas, ativistas e tomadores de decisão para discutir medidas urgentes de enfrentamento à crise climática. Será a primeira vez que o Brasil sediará a COP, e a escolha da Amazônia como sede simboliza a centralidade do bioma e dos povos que o habitam na agenda ambiental global.

A presença de Denise Dora como Enviada Especial assegura que temas como justiça climática, equidade de gênero e direitos humanos estejam no centro das discussões rumo a uma transição ecológica justa e inclusiva.