A Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher começa nesta sexta-feira (20) com o objetivo de promover o debate e denunciar a violência contra as mulheres.O início oficial da campanha é 25 de novembro, Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, no Brasil, foi antecipado para o dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra. O objetivo é reconhecer que, além da opressão de gênero, as mulheres negras também sofrem racismo. A campanha termina no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Os 16 Dias de Ativismo são realizados, no país, desde 2003 por meio de ações de mobilização, palestras, debates, eventos e encontros.

As Promotoras Legais Populares, com o apoio da Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos, promovem duas atividades dos 16 Dias de Ativismo, no bairro Restinga. No sábado (21), ocorre uma sessão de cinema com o filme Acorda Raimundo. A obra tem objetivo investigar o que pensam os homens sobre a violência de gênero e quais os valores envolvidos na construção da identidade masculina na cultura contemporânea. Após o filme haverá uma roda de conversa entre as  PLPs e as expectadoras. A atividade será às 18h, na sede da Associação de Moradores da Vila Restinga (AMOVIR), na Avenida Eng. Oscar de Oliveira Ramos, n° 141.

As oficina de Mulheres de Pano e de turbantes ocorrem no dia 28, às 16h, na praça da Esplanada. As PLPs ensinarão a fazer abayomis que são bonecas de pano negras. A arte é uma cultura africana secular. Os brinquedos surgiram durante as viagens para o Brasil, nas quais as escravas rasgavam as barras das saias para fazer as abayomis para diminuir a tristeza das crianças traficadas. A proposta das oficinas é fortalecer a autoestima e o reconhecimento da identidade afro-brasileira.

Texto: Rita Barchet
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