Há 25 anos na defesa e promoção dos direitos das mulheres

Oficina sobre acesso à informação, gênero e direitos humanos reúne ativistas e jornalistas de todo o país

Natália Leão (E), Márcia Soares (D) e Taís Seibt. Crédito: Themis/reprodução

Ativistas, jornalistas e lideranças de movimentos sociais de todo o Brasil participaram, na última sexta-feira (9/7), de uma oficina online de duas horas promovida pela Themis e pela Fiquem Sabendo para o uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) com foco em gênero e direitos humanos. 

A iniciativa faz parte do projeto WikiLAI, realizado pela Fiquem Sabendo com apoio da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, e foi aberta pela diretora-executiva da Themis, Márcia Soares.

“Essa parceria é uma provocação para que a Themis e outras organizações se apropriem desse tema que é fundamental. Construímos nossa organização em um período de fortalecimento da vida democrática brasileira e somos profundamente comprometidas com a democracia do Brasil. O tema do acesso à informação e tudo o que ele envolve é fundamental para a sociedade, especialmente nesse momento em que a conjuntura política e a governança do país vêm ameaçando fortemente a estabilidade democrática”, afirmou a diretora executiva.

Em seguida, a jornalista e pesquisadora Taís Seibt apresentou a WikiLAI, um guia com mais de 100 verbetes explicativos para acessar dados públicos no Brasil, modelos de pedidos sobre diversos assuntos e uma série de tutoriais de acesso a portais públicos de dados.

“A WikiLai é uma Wikipedia da Lei de Acesso à Informação, que é um recurso da democracia para regulamentar um direito previsto na Constituição de 1988, como a Márcia mencionou, nesse espírito de a sociedade civil participar do governo como um agente de cobrança e fiscalização, como uma democracia saudável pede. A área de gênero e direitos humanos é sensível neste momento e agradecemos a Themis e as organizações que estão conosco hoje”, explicou Taís.

A aula também contou com a participação da diretora de dados da Gênero e Número, Natália Leão, que apresentou exemplos práticos da agência, como o Mapa da Violência de Gênero:

“Somos uma associação onde estamos orientados a produzir dados e análises pautados especialmente questões de gênero e raça para dar visibilidade à discussão de temas que perpassam todas as identidades de gênero, orientações sexuais e questões raciais existentes no Brasil”.

Depois das apresentações, Taís e Natália responderam às dúvidas dos participantes. A jornalista Kenia Fialho, do Diário Gaúcho, ressaltou a importância da iniciativa. “Maravilhosa a proposta de formação unindo a teoria com a prática para usar a Lei de Acesso à Informação com foco em gênero e direitos humanos”, disse a comunicadora.


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