A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), de Foz do Iguaçu, formou a primeira turma de Promotoras Legais Populares (PLPs) da Fronteira, no mês de setembro. Foram 27 lideranças comunitárias capacitadas para atuarem no enfrentamento à violência doméstica, no apoio às vítimas e no fortalecimento dos Direitos Humanos. 

A iniciativa de levar o projeto das PLPs para a região foi da antropóloga e professora da Unila Danielle Araujo, que participou de um encontro com a Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e conheceu o trabalho desenvolvido no Rio Grande do Sul. “A Themis teve um papel muito importante para a consolidação desse programa aqui em Foz, e agora, temos o desafio de continuar formando mais mulheres no combate à violência”, ressalta Danielle.  

Para a professora, o diferencial do curso em Foz do Iguaçu é o trabalho desenvolvido em uma fronteira trinacional. “Não pensamos apenas em Foz. A atuação das PLPs formadas vai ser em uma dimensão de fronteira; é importante pensar nas questões que envolvem a cultura de outros países e que, em muitos casos, a violência e a impunidade encontram guaridas”, opina. 

O curso de capacitação das PLPs, que  foi organizado pela professora Danielle e pela Educadora Social Elza Mendes, começou em abril deste ano e formou mulheres de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazu, na Argentina, e de Ciudad del Este, no Paraguai.

Além da atuação das novas PLPs também está sendo estruturado o Serviço de Informação da Mulher na Fronteira (SIMF).